Mandalas Caleidoscópicas

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

QUANDO CHEGAR

Por Martha Medeiros

"Quando chegar aos 30
serei uma mulher de verdade
nem Amélia nem ninguém
um belo futuro pela frente
e um pouco mais de calma talvez

e quando chegar aos 50
serei livre, linda e forte
terei gente boa ao lado
saberei um pouco mais do amor
e da vida quem sabe

e quando chegar aos 90
já sem força, sem futuro, sem idade
vou fazer uma festa de prazer
convidar todos que amei
registrar tudo que sei
e morrer de saudade."

Eu poderia ter escrito isso, mas a Martha... a Martha sempre me" roubando" as palavras...



quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Sabor de infância

Ela alegrou todas as tardes de minha infância nos anos 70. Hoje ela não é só uma relíquia do passado. Continua a mesma incrível Pantera de quarenta anos atrás. Ela é incansável e insubstítuivel.
Esta filme recebeu o Oscar de melhor animação no ano de 1967.


Bebel e Belinha



Essas baixinhas amadas

O Teckel é um cão de caça e de companhia muito ativo e determinado.
É bastante comum a confusão entre o nome da raça e o nome do grupo à qual pertence. No caso, o nome da raça é Teckel, e todas as variedades pertencem ao grupo Dachshund.

É teimoso como um bom caçador mas derrete-se pela família demonstrando verdadeira paixão e carinho pelo seu dono. Muito alegre e corajoso, o Teckel precisa de disciplina e comandos que somente o seu proprietário pode oferecer.

O Teckel é o espelho do seu dono: se ele for organizado e limpo, o cão provavelmente também o será. É meigo e muito dócil e adora ficar dentro de casa.

Existem três raças de Dachshund: Teckel de Pêlo Curto, Teckel de Pêlo Longo e Teckel de Pêlo Duro. Cada uma destas três raças está dividida em três padrões: Standart, Anão e Miniatura.

O padrão Standard deve pesar abaixo de 9 kg, o Anão abaixo de 4 kg e o Miniatura abaixo de 3,5 kg.
O Teckel de Pêlo Curto tem a pelagem densa e rente ao corpo; o Teckel de Pêlo Longo possui pelagem também ajustada ao corpo, mas é mais comprida, principalmente em algumas partes e o Teckel de Pêlo Duro tem pelagem áspera, no mesmo comprimento pelo corpo todo.

O Dachshund, também popularmente, conhecido como salsicha é sociável com as pessoas e mede de 13 a 23 cm. Necessita de uma escovação geral semanal. Já o Teckel de pêlo longo ou duro necessita de escovação a cada dois dias.

Todos os Teckel têm qualidades comuns como disposição, bom faro e agilidade. Este baixote de olhar esperto, alongado como uma salsicha, atrai a simpatia geral.

Em geral, os três Teckel (de Pêlo Curto, Pêlo Longo e Pêlo Duro) apresentam pernas curtas, corpo comprido e cabeça elevada. Apesar desta aparência, esta raça não é fraca ou limitada, e sim incansável.

Existe várias cores dentre os Dachshund. Podem ser:

Unicolor - vermelho, amarelo avermelhado, amarelo com ou sem mistura de pêlos pretos;
Bicolor - preto, marrom, cinza, branco nas extremidades com marcações em castanho;
Arlequim - pelagem castanho claro, cinza claro, às vezes até branca, com manchas desiguais e de cor marrom escuro, amarelo avermelhado ou preto.

Origem e História

O grupo, de origem germânica, é formado pelas raças de cães de caça às doninhas (Dach) e o Teckel Clube da Alemanha faz questão que sejam sempre chamados de "Teckel ".

Suas raízes são bem antigas, tanto que ilustrações datadas dos séculos XV, XVI e XVII mostram doninhas sendo caçadas por cães alongados de corpo e pernas curtas que lembram os atuais.

Parece que o Teckel do século XV era considerado maior que o dos nossos dias. Era utilizado nessa época, na caça ao texugo. Depois disso, o seu tamanho diminui e foram apuradas inúmeras variedades de Teckel, no entanto quer as miniaturas, quer os exemplares de tamanho comum, descendem dos mesmos. Na Alemanha este cão ainda é utilizado na caça, para desalojar as lebres, as raposas e os texugos das suas tocas. Os Teckel miniatura não são exemplares raquíticos ou subdesenvolvidos: foram apurados por seleção, para poderem entrar em tocas pequenas, onde os cães maiores não cabiam. Este cão não é utilizado para a caça a não ser na Alemanha. Nos outros países, tornou-se um cão caseiro muito na moda, principalmente em França.
O nome Teckel foi introduzido em nosso país pela CBKC ao colocar em vigor, em 1994, o padrão adotado pela Federação Cinológica Internacional (FCI), elaborado pelo Deutscher Teckelklub (DTK). A tendência é o nome Teckel ganhar espaço.

Dados: Pet Friends

Bebel é sobrinha de Isabella. São dois tesouros aqui em casa.

ANÚNCIOS CRIATIVOS EM PROL DO MEIO AMBIENTE

Amiga Silvana me enviou, resolvi compartilhar,

 

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Essa campanha foi feita para a World Wildlife Fund. À medida que o papel acaba, o verde da América do Sul também vai embora, simbolizando o impacto ambiental que o uso de simples toalhas de papel é capaz de provocar, além de alertar para outros desperdícios que podem levar às mesmas consequências.

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Esse anúncio utiliza o movimento da sombra no cartaz para demonstrar como o aquecimento global levará ao aumento do nível dos oceanos.

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"Veja quanto monóxido de carbono você deixará de emitir se não dirigir por um dia". Essa é a mensagem que aparece na gigantesca nuvem preta presa ao cano de escape de um carro depois de passar o dia sendo inflada pela fumaça expelida pelo automóvel.

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Nesse anúncio, as árvores foram posicionadas para parecer pulmões. A área desmatada é um alerta, e a frase no canto diz: "Antes que seja tarde demais".

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Diesel, a fabricante italiana de roupas, colocou, no fim de janeiro, propagandas em jornais, revistas e outdoors que traziam modelos posando com roupas da marca em um mundo afetado pelo aquecimento global. Nas fotos acima, você vê o Cristo Redentor coberto de água até os pés e Nova York praticamente submersa.

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SAFE é uma instituição de proteção aos animais que faz várias campanhas para expor e questionar a utilização desnecessária deles em experimentos e explorações comerciais. O anúncio acima tem como alvo o uso dos bichos como cachecóis, botas e outros produtos de couro e assim por diante.

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"Use a eletricidade com sabedoria". Esse anúncio é da companhia de energia Eskom, da África do Sul.

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Uma associação de proteção ao meio ambiente e sua agência de publicidade tiveram a idéia de colocar outdoors logo acima de buracos de esgotos para dar a idéia de que água suja é como cocô. Eles queriam despertar o cuidado das pessoas para com o ambiente por meio de fortes impactos visuais e até aversão física.

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"A moda faz mais vítimas do que você pensa". Da Agência O&M, da Índia

Pessoal, vamos nos conscientizar e mudar nossas atitudes, Vamos ser o bom exemplo!!!

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A NATUREZA É O NOSSO BEM MAIS PRECIOSO, VAMOS PRESERVÁ-LA!

 






domingo, 20 de dezembro de 2009

Brique da Redenção

Imagem: Antonio Pacheco ZH

zh-041128-4 Domingo em Porto Alegre... Chimarrão, sandália rasteira, disposição e uma cadeira... programa melhor não há.

Um parque lindo, cheio de gente, cachorros, gatos e gatas, felinos ou não... árvores, flores, espelhos d'agua... pássaros. Gente alegre, trabalhadores... pipoca, algodão doce, sorvete... malabaristas, estátuas vivas, poetas e trovadores. Teatrinhos, brincadeiras... e nós. Artesãos, Artistas Plásticos, Antiquários e Comidinhas gostosas.

sábado, 19 de dezembro de 2009

A magia do Ikebana



Tradição e diversidade, a história de uma arte

O Ikebana é uma das expressões artísticas mais conhecidas da cultura oriental. Sua origem remonta ao século XVI, época em que os arranjos ganharam forma definida. Porém, o povo japonês sempre teve sua vida intimamente ligada a natureza, e antes mesmo de surgirem os primeiros registros a respeito do Ikebana , já apareciam indícios do culto à beleza das flores em diversas manifestações artísticas.
Alguns estudiosos acreditam que a origem do Ikebana esteja ligada ao Kuge, ato religioso de se colocar flores no altar de Buda, porém, antes mesmo do budismo surgir no Japão, já existiam no país o costume se se oferecer flores aos deuses. Mas foi a partir do século XIV que os arranjos de Ikebana, cada vez mais admirados, passaram a ter um cunho estético e não apenas religioso. O simbolismo do Ikebana, através de suas formas, esta relacionado com a literatura, a tradição e o costume. Cada feriado nacional ou festa familiar têm seus arranjos florais determinados.

É a partir da segunda metade do século XIX que novas formas de arranjos começam a surgir com mais intensidade, adaptando-se às novas construções de estilo europeu que surgiram no Japão.

De lá pra cá o Ikebana ultrapassou fronteiras e conquistou adeptos, sempre atualizando-se e adaptando-se à época e local aonde é praticado, sem perder sua excência e princípios básicos. Isso só foi possível graças ao trabalho das milhares de escolas que foram surgindo ao longo dos séculos com suas características e estilos próprios. A diferença entre os arranjos de uma escola e outra são muitas vezes sutis, variando mais pela interpretação, técnica ou forma de ensinar que cada um adota. Vale uma analogia com outras formas de arte, como as artes plásticas por exemplo. Assim como existiam diversas escolas de pintura, ou movimentos como o cubismo, o futurismo, o expressionismo, etc., que representavam linhas de pensamento dentro das artes plásticas, as escolas de Ikebana, de certa forma, também representam diferentes tendências e maneiras de ver o mundo e expressar sentimentos e idéias através dos arranjos.

No Brasil, as escolas de Ikebana chegaram junto com a imigração japonesa e conquistaram adeptos e admiradores principalmente na comunidade oriental, mas também fora dela.

A arte de arranjar flores, respeitando suas formas e cores, é um tema fascinante. São necessárias doses de muita paciência, dedicação até obter o melhor resultado visual, que deve ser belo e harmônico. A contemplação do arranjo também pede muita calma, já que deve ser feito minuciosamente, reparando-se cada detalhe da peça com suas proporções perfeitas e formas simétricas.

Contudo, não podemos esquecer que nenhum trabalho de Ikebana seria perfeito se não fosse pela magnífica beleza que a natureza oferece aos nossos olhos. Cores perfeitas, formas e texturas são um deleite para quem se interessa por plantas.

às 10/31/2009 04:11:00 PM

Postado por Silvia D. Marcadores: arte com flores

Reações:


COMO IRRITAR UM AQUARIANO?

• Torne-se pessoal e íntimo. Mude-se para a casa dele.
• Ao encontrá-los, dê um longo abraço e fique apertando-o contra o peito, emocionado, lacrimejante.
• O submeta num espaço fechado a um discurso retrógrado onde ele terá que escutar ate o final sem poder dar sua opinião.
• Insista para que ele ligue várias vezes por dia para informar de seus movimentos.
• Faça-se passar por burro, tapado, e ainda queira ter razão. Diga a eles o que "têm que fazer "e "quando e como fazer".
• Exiba seus valores materiais na cara deles, tipo carro, jóias, dinheiro, posição social.
• Pergunte sempre: "O que é que você está pensando?"
• Cite seus amigos sempre pelo nome e sobrenome.

Isso é mais pura verdade. Concordo plenamente.

Fonte:www.astrothon.com

AQUARELA-Toquinho e Vinicios de Moraes

Imagem:www.hakonsoreide.com

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...

Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...

Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...

Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Branco navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...

Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...

Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...

Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...

De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...

Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...

E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)...

Está letra é tão linda. A primeira vista parece apenas se tratar de uma canção infantil, mas é carregada de profundo sentido de uma forma coloridamente poética.

O SOM DO SIM - Celso Fonceca


Ele é o sol
Ele é a luz no final
Ele é um dom
O som do sim, um sinal no céu

Ele é a cor
Eu sou branco da cor
Ele é amor
Quando será que chegou pra mim

Ele me ajuda
A cruzar o grande lago
Olhos estrangeiros
Lábios abissais, eu vou

Eu sou a cruz
Pregando no seu altar
Olhos de luz
Perdão, não vou me mandar assim

Se eu sou assim
Você precisa de mim
No seu jardim
Eu sou a flor que ninguém roubou

Nada nos protege
Nem o céu, nem as estrelas
Sigo só, conheço um lugar deserto,
eu vou


Sem medo de fracassar
Um novo tempo chegou
Onde o amor brilhará
Mais uma vez vencedor

Essa canção lindamente cantada por Vanessa Barum em parceria com Celso Fonseca, tem uma aura de encantamento. Quando a ouço... entre brumas... vejo Jorge, o soldado romano, nascido na Capadócia, guerreiro fiel a seus princípios, lutador e destemido, em seu cavalo alado tendo uma enorme lua atrás de si. Gosto de acreditar que ele me ajudará a cruzar o grande lago.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

imagem:photobucket


Lua adversa

Cecília Meireles

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha

Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Trabalho e Descanso na Justa Medida


A mente não se deve manter sempre na mesma intenção ou tensão, antes deve dar-se também à diversão. Sócrates não se envergonhava de brincar com as crianças, Catão aliviava com vinho o seu ânimo fatigado dos cuidados públicos e Cipião dançava com aquele corpo triunfante e militar (...) O nosso espírito deve relaxar: ficará melhor e mais apto após um descanso. Tal como não devemos forçar um terreno agrícola fértil com uma produtividade ininterrupta que depressa o esgotaria, também o esforço constante esvaziará o nosso vigor mental, enquanto um curto período de repouso restaurará o nosso poder. O esforço continuado leva a um tipo de torpor mental e letargia. Nem os desejos dos homens devem encaminhar-se tão depressa nesta direcção se o desporto e o jogo os envolvem numa espécie de prazer natural; embora uma repetida prática destrua toda a gravidade e força do nosso espírito. Afinal, o sono também é essencial para nos restaurar, mas se o prolongássemos constantemente, dia e noite, seria a morte.

Séneca, in 'Da Brevidade da Vida'

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Planeta Vida - Celso Fonseca

Imagem photobucket

Planeta vida / Planeta ar / Planeta água
Planeta mar / Planeta fogo / Planeta gás
Planeta terra / Planeta paz

Salve o índio na floresta
Salve o homem da cidade
Salve o peixe na lagoa
Salve a água dos detritos
Salve as flores do concreto
Salve a areia do mar

Salve o mar do óleo diesel
Salve o animal da morte
Salve o meu amigo triste
Salve a paz no oriente
Salve o ar da poluição
Salve a terra do deserto

Salve o corte da ferida
Salve a fome na barriga
Salve o frio no inverno
Salve os cegos de justiça
Salve o ódio do coração
Salve quem é seu amigo

Salve a falta de carinho
Salve os loucos do hospício
Salve o sofrimento inútil
Salve o homem da burrice
Salve a fé da religião
Salve toda coisa viva

Uma só palavra amiga, no rádio jornal da vida
Vida dura, pedra viva
Com quem mais você respira, no seu mundo maravilha
Terras verdes, mares, ilhas

Gosto muito desta letra, mas sem a música ela se perde um tanto. Mesmo assim a trouxe para cá pois suas palavras só enriquecem esse espaço em que domina a fé pela natureza.

sábado, 28 de novembro de 2009

Outra Margem Do Rio (Fernanda Porto e Martha Medeiros)

imagem:Tinypic

Dos habituais comportamentos contemporâneos
Optar é deles o mais desumano
Escolher entre tantos a quem vou amar
Se telefono agora ou depois, ou não ligo
Se insisto ou desisto, ou nem isso
Peço demissão, fico grávida
Troco de país, mudo de vida
E que verso agora vou inventar
pra continuar sendo lida?
Que saudade me fará o calor,
caso venha a preferir o frio?
E estando a escolha feita
Nada me convence ou tranqüiliza
Estou sempre de olho
Na outra margem do rio

Esta canção é fruto da parceria de Fernanada Porto, que musicou este poema de Martha Medeiros.
Martha é jornalista, escritora e poeta, não necessáriamente nessa ordem. Seus poemas são muito contemporâneos. Falam de mulheres da minha geração, por isso me identifico muito com sua forma de linguagem.
Outra Margem do Rio tem uma letra muito significativa.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Planeta Água- Guilherme Arantes

imagem:Photobucket


Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede da população
Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranquilas no leito dos lagos, no leito dos lagos

Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d'água é misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora, virar nuvem de algodão
Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra

Esta letra tão singela de Guilherme Arantes,venceu o festival MPB-Shell em 1981.
Em tempos em que o assunto ecologia, é tão discutido, pensado e repensado, que a questão água potável é assunto urgente, depois de quase tres décadas passadas, essa canção que é um hino de amor ao planeta,não pode ser esquecida.

Ciclone extra tropical

Fotos: Silvana Santos





A natureza anda furiosa. Não tem poupado quase ninguém nesse planeta azul. Por toda parte um rastro de destruição.
Árvores arrancadas da terra, tombadas por cima das casas, pessoas desabrigadas, feridas e mortas.

Nem o Guapuruvu que morava em frente a casa da minha muito amiga Silvana, resistiu.
Foi arrancado da terra como se fosse um arbusto pela força dos ventos de mais de 100 kh.

É muito triste uma árvore tão majestosa, linda, abrigo de milhares de pássaros, assim, caída, morta.
Caiu por cima de um chalé vizinho destruindo-o quase que completamente.
Seu tombo deixou um rastro de destruição, mas o mais triste de tudo é saber que quando for lá não o verei mais, gigante, fazendo sombra onde estacionava meu carro.
Também sou responsável pelo aquecimento global. Escolhi viver mais afastada da cidade, não tenho como me locomover sem carro. Mas quando dá, ando a pé.

domingo, 22 de novembro de 2009

Simplesmente irresistível



Olha que coisa mais linda. Não dá vontade de se atirar de boca?
Um feliz domingo para todos nós.

História de uma Gata-Chico Buarque de Holanda

imagem:Tinypic




Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram

O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé... De gato
Me diziam todo momento
Fique em casa não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora senhorio
Felino, não reconhecerás

De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora senhorio
Felino, não reconhecerás

Além de amar profundamente Chico Buarque, está letra é para os gatos do planeta inteiro. O que me faz gostar tanto desses bichos? Sua individualidade,indiferença,auto suficiência. E mesmo que isso incomode algumas pessoas, temos que admitir: Gato é um animal lindo.

sábado, 14 de novembro de 2009

Uma Sexta Feira

Treze com muita vitalidade, atitude e imaginação!7537bruxa

Borzeguim-Tom Jobim

indios WWW.FMC.AM.GOV.BR

Foto do site : www.fmc.am.gov.br

Borzeguim, deixa as fraldas ao vento
E vem dançar
E vem dançar
Hoje é sexta-feira de manhã
Hoje é sexta-feira
Deixa o mato crescer em paz
Deixa o mato crescer
Deixa o mato
Não quero fogo, quero água
(deixa o mato crescer em paz)
Não quero fogo, quero água
(deixa o mato crescer)
Hoje é sexta-feira da paixão sexta-feira santa
Todo dia é dia de perdão
Todo dia é dia santo
Todo santo dia
Ah, e vem João e vem Maria
Todo dia é dia de folia
Ah, e vem João e vem Maria
Todo dia é dia
O chão no chão
O pé na pedra
O pé no céu
Deixa o tatu-bola no lugar
Deixa a capivara atravessar
Deixa a anta cruzar o ribeirão
Deixa o índio vivo no sertão
Deixa o índio vivo nu
Deixa o índio vivo
Deixa o índio
Deixa, deixa
Escuta o mato crescendo em paz
Escuta o mato crescendo
Escuta o mato
Escuta
Escuta o vento cantando no arvoredo
Passarim passarão no passaredo
Deixa a índia criar seu curumim
Vá embora daqui coisa ruim
Some logo
Vá embora
Em nome de Deus é fruta do mato
Borzeguim deixa as fraldas ao vento
E vem dançar
E vem dançar
O jacu já tá velho na fruteira
O lagarto teiú tá na soleira
Uirassu foi rever a cordilheira
Gavião grande é bicho sem fronteira
Cutucurim
Gavião-zão
Gavião-ão
Caapora do mato é capitão
Ele é dono da mata e do sertão
Caapora do mato é guardião
É vigia da mata e do sertão
(Yauaretê, Jaguaretê)
Deixa a onça viva na floresta
Deixa o peixe n'água que é uma festa
Deixa o índio vivo
Deixa o índio
Deixa
Deixa
Dizem que o sertão vai virar mar
Diz que o mar vai virar sertão
Deixa o índio
Dizem que o mar vai virar sertão
Diz que o sertão vai virar mar
Deixa o índio
Deixa
Deixa



Essa canção é uma relíquia de Tom maior. Tem cheiro de mato. A natureza vibra encantada ao som de Borzeguim. Gaia agradecida, sorri.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Caçadores…

Um jovem de 17 anos ficou três dias preso num bloco de gelo à deriva no Mar Ártico, junto com vários ursos polares.
O rapaz sobreviveu a uma temperatura de até -20ºC.
Jupi Angootealuk pertence a uma comunidade esquimó do norte do Canadá. Tinha ido caçar com o seu tio na última sexta-feira, no litoral da Baía de Hudson. Um dos veículos que eles levavam estragou e ao sair para procurar ajuda, o rapaz acabou por ficar preso num bloco de gelo que se desprendeu.
De acordo com a BBC, o tio do rapaz, de 56 anos, foi resgatado dois dias depois. Jupi Angootealuk só foi resgatado um dia depois.
O jovem esquimó teve mesmo que matar uma fêmea de urso polar que também estava presa no bloco de gelo, deixando os seus filhotes sem mãe, disse Jean Pierre Sharp, do Centro de Cooperação de Resgates de Trenton, em entrevista à BBC.
O esquimó foi avistado pelas equipes de resgate no domingo, mas só foi retirado do bloco de gelo na segunda-feira. Jupi Angootealuk foi internado com hipotermia leve e ferimentos provocados pelo frio.imagem:Flickr

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Participei de uma enquete em que 99% dos internautas p…. das vida como eu, queriam mais é que o rapaz caçador se danasse. Mesmo sendo ele nativo, tendo lá sua cultura, tradições e necessidades, não podemos deixar de sofrer pelos dois filhotes que agora sem mãe estão condenados a morte.

Não bastasse as geleiras derretendo, colocando a espécie em risco de extinção, uma tragédia dessas.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

As Árvores e os Livros

imagem:Flickr

As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.

E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.

As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».

É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.

Jorge Sousa Braga

Herbário, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999

sábado, 7 de novembro de 2009

VINCENT

O ARTISTA E A ARTE

Século XIX Vincent Van Gogh

Vincent

O vento mistral derruba tuas telas.

Não tens dinheiro para as aquarelas.

Théo vendeu um único quadro teu.

Todas as amadas te dizem adeus.

As estrelas não são como as pintas...

Arlens não te suporta, louco artista!

Há em ti um fulgor que ninguém alcança.

Nem sabem que és louco de tanta esperança.

Século XX

Van Gogh,

Teus quadros valem milhões.

Teus girassóis estão em toda parte.

Nos museus do mundo.

Na sétima arte.

Orgulho da Holanda.

Tua ruiva fisionomia, o triste olhar.

A mensagem implícita na vida, nas telas, nas cartas.

A todos que perseguem a arte.

Não desista!

  • Por Bárbara Lia, professora de História, escritora e poeta.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Exemplos

E a mãe me fez tão diferente de ti. Outra natureza, outro destino.

Vieste para mim em bom momento.

Um bom momento para nós dois.

Cadela adota porquinho na China

Na china, cadela adota porquinho...

imagem garimpada do Terra.com.br

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ferreira Gulart

imagem:Flickr


TRADUZIR-SE
Uma parte de mim é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim é multidão:
outra parte estranheza e solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera:
outra parte delira.
Uma parte de mim almoça e janta:
outra parte se espanta.
Uma parte de mim é permanente:
outra parte se sabe de repente
.Uma parte de mim é só vertigem:
outra parte,linguagem.
Traduzir-se uma parte na outra parte, que é uma questão de vida ou morte,
será arte?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Polvo de Estrellas-Jorge Drexler

Imagem:jocoquelove-Photobucket



"Que hay en una estrella? Nosotros mismos.Todos los elementos de nuestro cuerpo y del planeta estuvieron en las entrañas de una estrella.Somos polvo de estrellas." ERNESTO CARDENAL "Cántico Cósmico"

Vale
Una vida lo que un sol
Una vida lo que un sol
Vale
Se aprende en la cuna,
se aprende en la cama,
se aprende en la puerta de un hospital.
Se aprende de golpe,
se aprende de a poco y a veces se aprende recién al final
Toda la gloria es nada
Toda vida es sagrada
Una estrellita de nadaen
la periferiade una galaxia menor.
Una, entre tantos millonesy
un grano de polvo girando a su alrededor
No dejaremos huella,
sólo polvo de estrellas.
ValeUna vida lo que un sol
Una vida lo que un sol
Vale
Se aprende en la escuela,
se olvida en la guerra,
un hijo te vuelve a enseñar.
Está en el espejo,
está en las trincheras,parece que nadie parece notar
Toda victoria es nada
Toda vida es sagrada
Un enjambre de moléculas
puestas de acuerdo
de forma provisional.
Un animal prodigioso
con la delirante obsesión de querer perdurar
No dejaremos huella,
sólo polvo de estrellas.



## Esta bela canção de Jorge Drexler, resume em poucas palavras o que todos devemos saber:
Estamos aqui de passagem. Somos todos iguais perante as leis do universo. Daqui nada se leva, a não ser a experiência de ter um dia podido passar por este planeta azul. Somos todos poeira de estrelas.

É outono em minha vida

foto silvana



Os Intocáveis

"Sim, é isso mesmo! Assim como a natureza pende para o outono, também o outono começa em mim e em torno de mim. As folhas da minha alma vão amarelecendo, enquanto as folhas das árvores vizinhas caem."

Miedo - Lenine

Foto by Ana


Compositor: Lenine e Pedro Guerra
Participação: Julieta Venegas



Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienem miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienem miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienem miedo de subir y miedo de bajar
Tienem miedo de la noche y miedo del azul
Tienem miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de ascender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como un laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienem miedo de reir y miedo de llorar
Tienem miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienem miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de dormir
Medo de se arrepender, medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Miedo... que da miedo del miedo que dá


##Quem já não sentiu o sente um ou alguns desses medos que atire a primeira pedra.

Um pequeno trecho...

Gabriel Garcia Marques
Memória de Minhas Putas Tristes

...Descobri que minha obsessão
por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimi-das, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do zodíaco...

domingo, 25 de outubro de 2009

The Magic Guitar...


Alvin Lee speed fingers. I love!

Night of The Guitar..Live. Sei que já foi relançado em CD, mas só tenho em vinil.Um albúm duplo veradeira relíquia para quem como eu gosta de guitarra. É um encontro de alguns dos maiores guitarristas da história do rock.
Randy California,Pete Haycock, Steve Rowe,Steve Hunter,Robby Krieger,Andy Powell,Ted Turner,Leslie West e o para mim magnífico, Alvin Lee. Acompanhados por uma super banda naquele encontro memorável e inesquecível. Adoro!
Acabo de ler Memória de Minhas Putas Tristes de Gabriel Garcia Márques . O livro conta a história de um homem de noventa anos e sua tragetória. Um vida de solidão e desamores. Ele busca frenéticamente uma última noite de amor com uma virgem e é surpriendido pelo verdadeiro amor, tardio e avassalador. Uma incrível e vigorosa história sem os cliches que a velhice impõe, embora ela seja incrivelmente assustadora. Gosto muito desse autor. Esse é um de seus menores livros. Até levei um baque quando subtamente virei a última página. Recomendo.