Mandalas Caleidoscópicas

sábado, 28 de novembro de 2009

Outra Margem Do Rio (Fernanda Porto e Martha Medeiros)

imagem:Tinypic

Dos habituais comportamentos contemporâneos
Optar é deles o mais desumano
Escolher entre tantos a quem vou amar
Se telefono agora ou depois, ou não ligo
Se insisto ou desisto, ou nem isso
Peço demissão, fico grávida
Troco de país, mudo de vida
E que verso agora vou inventar
pra continuar sendo lida?
Que saudade me fará o calor,
caso venha a preferir o frio?
E estando a escolha feita
Nada me convence ou tranqüiliza
Estou sempre de olho
Na outra margem do rio

Esta canção é fruto da parceria de Fernanada Porto, que musicou este poema de Martha Medeiros.
Martha é jornalista, escritora e poeta, não necessáriamente nessa ordem. Seus poemas são muito contemporâneos. Falam de mulheres da minha geração, por isso me identifico muito com sua forma de linguagem.
Outra Margem do Rio tem uma letra muito significativa.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Planeta Água- Guilherme Arantes

imagem:Photobucket


Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede da população
Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranquilas no leito dos lagos, no leito dos lagos

Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d'água é misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora, virar nuvem de algodão
Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra

Esta letra tão singela de Guilherme Arantes,venceu o festival MPB-Shell em 1981.
Em tempos em que o assunto ecologia, é tão discutido, pensado e repensado, que a questão água potável é assunto urgente, depois de quase tres décadas passadas, essa canção que é um hino de amor ao planeta,não pode ser esquecida.

Ciclone extra tropical

Fotos: Silvana Santos





A natureza anda furiosa. Não tem poupado quase ninguém nesse planeta azul. Por toda parte um rastro de destruição.
Árvores arrancadas da terra, tombadas por cima das casas, pessoas desabrigadas, feridas e mortas.

Nem o Guapuruvu que morava em frente a casa da minha muito amiga Silvana, resistiu.
Foi arrancado da terra como se fosse um arbusto pela força dos ventos de mais de 100 kh.

É muito triste uma árvore tão majestosa, linda, abrigo de milhares de pássaros, assim, caída, morta.
Caiu por cima de um chalé vizinho destruindo-o quase que completamente.
Seu tombo deixou um rastro de destruição, mas o mais triste de tudo é saber que quando for lá não o verei mais, gigante, fazendo sombra onde estacionava meu carro.
Também sou responsável pelo aquecimento global. Escolhi viver mais afastada da cidade, não tenho como me locomover sem carro. Mas quando dá, ando a pé.

domingo, 22 de novembro de 2009

Simplesmente irresistível



Olha que coisa mais linda. Não dá vontade de se atirar de boca?
Um feliz domingo para todos nós.

História de uma Gata-Chico Buarque de Holanda

imagem:Tinypic




Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram

O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé... De gato
Me diziam todo momento
Fique em casa não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora senhorio
Felino, não reconhecerás

De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora senhorio
Felino, não reconhecerás

Além de amar profundamente Chico Buarque, está letra é para os gatos do planeta inteiro. O que me faz gostar tanto desses bichos? Sua individualidade,indiferença,auto suficiência. E mesmo que isso incomode algumas pessoas, temos que admitir: Gato é um animal lindo.

sábado, 14 de novembro de 2009

Uma Sexta Feira

Treze com muita vitalidade, atitude e imaginação!7537bruxa

Borzeguim-Tom Jobim

indios WWW.FMC.AM.GOV.BR

Foto do site : www.fmc.am.gov.br

Borzeguim, deixa as fraldas ao vento
E vem dançar
E vem dançar
Hoje é sexta-feira de manhã
Hoje é sexta-feira
Deixa o mato crescer em paz
Deixa o mato crescer
Deixa o mato
Não quero fogo, quero água
(deixa o mato crescer em paz)
Não quero fogo, quero água
(deixa o mato crescer)
Hoje é sexta-feira da paixão sexta-feira santa
Todo dia é dia de perdão
Todo dia é dia santo
Todo santo dia
Ah, e vem João e vem Maria
Todo dia é dia de folia
Ah, e vem João e vem Maria
Todo dia é dia
O chão no chão
O pé na pedra
O pé no céu
Deixa o tatu-bola no lugar
Deixa a capivara atravessar
Deixa a anta cruzar o ribeirão
Deixa o índio vivo no sertão
Deixa o índio vivo nu
Deixa o índio vivo
Deixa o índio
Deixa, deixa
Escuta o mato crescendo em paz
Escuta o mato crescendo
Escuta o mato
Escuta
Escuta o vento cantando no arvoredo
Passarim passarão no passaredo
Deixa a índia criar seu curumim
Vá embora daqui coisa ruim
Some logo
Vá embora
Em nome de Deus é fruta do mato
Borzeguim deixa as fraldas ao vento
E vem dançar
E vem dançar
O jacu já tá velho na fruteira
O lagarto teiú tá na soleira
Uirassu foi rever a cordilheira
Gavião grande é bicho sem fronteira
Cutucurim
Gavião-zão
Gavião-ão
Caapora do mato é capitão
Ele é dono da mata e do sertão
Caapora do mato é guardião
É vigia da mata e do sertão
(Yauaretê, Jaguaretê)
Deixa a onça viva na floresta
Deixa o peixe n'água que é uma festa
Deixa o índio vivo
Deixa o índio
Deixa
Deixa
Dizem que o sertão vai virar mar
Diz que o mar vai virar sertão
Deixa o índio
Dizem que o mar vai virar sertão
Diz que o sertão vai virar mar
Deixa o índio
Deixa
Deixa



Essa canção é uma relíquia de Tom maior. Tem cheiro de mato. A natureza vibra encantada ao som de Borzeguim. Gaia agradecida, sorri.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Caçadores…

Um jovem de 17 anos ficou três dias preso num bloco de gelo à deriva no Mar Ártico, junto com vários ursos polares.
O rapaz sobreviveu a uma temperatura de até -20ºC.
Jupi Angootealuk pertence a uma comunidade esquimó do norte do Canadá. Tinha ido caçar com o seu tio na última sexta-feira, no litoral da Baía de Hudson. Um dos veículos que eles levavam estragou e ao sair para procurar ajuda, o rapaz acabou por ficar preso num bloco de gelo que se desprendeu.
De acordo com a BBC, o tio do rapaz, de 56 anos, foi resgatado dois dias depois. Jupi Angootealuk só foi resgatado um dia depois.
O jovem esquimó teve mesmo que matar uma fêmea de urso polar que também estava presa no bloco de gelo, deixando os seus filhotes sem mãe, disse Jean Pierre Sharp, do Centro de Cooperação de Resgates de Trenton, em entrevista à BBC.
O esquimó foi avistado pelas equipes de resgate no domingo, mas só foi retirado do bloco de gelo na segunda-feira. Jupi Angootealuk foi internado com hipotermia leve e ferimentos provocados pelo frio.imagem:Flickr

foto-urso-polar-02

Participei de uma enquete em que 99% dos internautas p…. das vida como eu, queriam mais é que o rapaz caçador se danasse. Mesmo sendo ele nativo, tendo lá sua cultura, tradições e necessidades, não podemos deixar de sofrer pelos dois filhotes que agora sem mãe estão condenados a morte.

Não bastasse as geleiras derretendo, colocando a espécie em risco de extinção, uma tragédia dessas.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

As Árvores e os Livros

imagem:Flickr

As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.

E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.

As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».

É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.

Jorge Sousa Braga

Herbário, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999

sábado, 7 de novembro de 2009

VINCENT

O ARTISTA E A ARTE

Século XIX Vincent Van Gogh

Vincent

O vento mistral derruba tuas telas.

Não tens dinheiro para as aquarelas.

Théo vendeu um único quadro teu.

Todas as amadas te dizem adeus.

As estrelas não são como as pintas...

Arlens não te suporta, louco artista!

Há em ti um fulgor que ninguém alcança.

Nem sabem que és louco de tanta esperança.

Século XX

Van Gogh,

Teus quadros valem milhões.

Teus girassóis estão em toda parte.

Nos museus do mundo.

Na sétima arte.

Orgulho da Holanda.

Tua ruiva fisionomia, o triste olhar.

A mensagem implícita na vida, nas telas, nas cartas.

A todos que perseguem a arte.

Não desista!

  • Por Bárbara Lia, professora de História, escritora e poeta.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Exemplos

E a mãe me fez tão diferente de ti. Outra natureza, outro destino.

Vieste para mim em bom momento.

Um bom momento para nós dois.

Cadela adota porquinho na China

Na china, cadela adota porquinho...

imagem garimpada do Terra.com.br